As 4
horas e 30 minutos da madruga, Tropilhas Kansas e Buldogs Speed estão
saindo pra estrada, ainda é noite escura.
Direção sul do estado,
mais especificamente para a cidade de Dom Pedrito.
Representando os
Buldogs o Sr. Ratão e o representante da Tropilha Sr. Lefebvre.
Os
outros membros dos MGs amarelaram, ficaram com medinho de encarar a
estrada.
Pegamos um trecho com cerração, mas nada de mais.
Existem
dois tipos de passeio, com emoção e sem emoção, o nosso é com
emoção.
E não se preocupem tem mais emoção ao longo da viagem, tínhamos metas e horários nada rígidos a cumprir.
A 1ª meta era
chegar a Pântano Grande até o raiar do sol e conseguimos 1ª parada
para descanso foi no pedágio do município.
Uma rápida parada para
fazer um pips esperto e tocar a viagem, nisso o sol já estava
despertando nas nossas costas, mas continuava frio.
Neste 2° trecho
dois momentos inesperados, Ratão estava perto do acostamento e havia
um desnível, não deu outra a roda da frente caiu e se não estava
esperto Ratinho no chão.
Mas felizmente nosso intrépido piloto teve
sangue frio e conseguiu controlar seu veiculo.
Alguns quilômetros
depois eu, Lefebvre também fui conhecer o acostamento, só que dormi
e a motoca se foi para direita, mas graças ao desnível que tinha
acordei e foi a minha vez de ter sangue frio e ficar esperto consegui
acordar a tempo e puxar a motoca para pista.
Ratão assustado fez
sinal para parar e perguntar o que houve:
- Dormi! Respondi.
Depois
do susto resolvemos parar num para douro para tomar um café, jogar
uma água no rosto e porque não descansar mais um pouco, afinal é
uma viagem longa e cansativa.
Mas viajar de moto é sempre bom, só
quem tem moto e põe ela na estrada sabe o prazer que é rodar com a
motoca, o vento no rosto, e um motociclista nunca vai perguntar se
falta muito pra chegar ao destino.
O destino é só uma desculpa pra
andar com sua companheira de duas rodas.
Durante a semana a nossa
amiga Celeste tinha dito, “abasteça no último posto que fica a
esquerda antes de pegar a estrada para Bagé.
” E o que foi que os
dois abobado fizeram, abasteceram no último posto a direita que
ficava uns três quilômetros antes da entrada da estrada para Bagé.
Mas tudo bem rodando e aprendendo.
Nesta estrada nada de mais
aconteceu, só que é uma estrada chata, só tem campo e mais campo,
de vez enquanto aparece um gado um rebanho de ovelhas.
Depois de 250
quilômetros chegamos a Bagé onde paramos para descansar de novo e
tirar fotos no pórtico, turista né, tira foto de tudo que vê.
Bem
de Bagè até Dom Pedrito mais 70 quilometros, não tem nada vamo
embora mano a estrada nos chama.
Depois de longos 70 quilometros
chegamos ao nosso destino, 4° Festival Motociclistas de Dom
Pedrito – RS, Moto Grupo Rota 293.
Bem 1° onde estava o evento,
achamos na praça da cidade. 2° onde fica o camping do evento,
achamos é do lado da delegacia da cidade, 3° passo, montar
acampamento, 4° onde nos íamos almoçar, pois já é 14h e ainda
não almoçamos.
Depois de pesquisar que os restaurantes estavam
fechados, o que fazer, comer um lanche, foi o pior lanche que
fizemos, um X tudo, Alface, cebola, ovo e a carne, não, melhor
dizendo, guizado na chapa. Nunca tinha visto isso o X é com guizado
e não com a carne prensada.
Mas o guaraná estava bom.
Depois de dar
uma volta pelo evento resolvemos voltar para o camping e descansar um
pouco.
Depois de um bom soninho estávamos pronto pra o evento.
Depois do banho, voltamos a praça e qual era a preocupação, onde
vamos jantar.
Problema resolvido, por R$15,00 jantamos no evento
mesmo e registramos os nossos MG e com isso ganhamos um troféu de
participação. Ratão pelos Buldogs e Lefebvre pela Tropilha.
Depois
da janta demos uma olhada nas lojinhas, encontramos os amigo e
voltamos pro acampamento.
Não quisemos participar do baile.
No
acampamento conversamos um pouco com o pessoal e berço, no outro dia
tínhamos a viagem de volta. Dormia como um anjinho e pelas 3h da
manhã o pessoal que foi ao bate coxa estava chegando, só que
pensavam que ainda estavam na festa, em outras palavras, acordaram o
pessoal do acampamento.
Mas os seguranças deram um jeito na situação
rapidamente.
Eu tive o azar de pegar um casal feliz, queriam e fazer
coisinhas na barraca, o lesco lesco.
Que raiva, quero dormir, vão
pra casa, para um motel sei la mas me deixem dormir.
Já dom Ratão
tinha um vizinho tri, roncava e soltava outros sons de odor
desagradáveis.
E assim foi a nossa noite.
Mas quando o soninho pegou
não vi mais nada, pelas 5h da madruga acordamos, desmontamos
acampamento, caregamos as motos com a bagagem e partimos em direção
a Pelotas.
Dom Pedrito a Pelotas 260 quilometros.
Pra variar estrada
era a mesma monotonia, de um lado campo e do outro mais campo e na
nossa frente o sol se acordava e a noite ia se deitando.
E debaixo do
capacete a mente gritava por um café.
Não havia um posto, um buteco de
estrada, só tinha o nada na estrada.
Eu só queria um café da
manhã, depois de rodar mais ou menos uns 50 quilometros paramos num
bar de posto, que cafezinho mais ruim e o pastel que pegamos para
comer deu pra engulir.
Mas como disse lá no inicio é um passeio com
emoção, aventura MANO.
Rodamos mais uns quilometros e chegamos a
terra de Dom Mauro, Pelotas.
Abastecemos as motocas, tomamos uma água
e partimos em direção ao Grill, no município de Cristal, ali nos
paramos de verdade, para almoçar, na verdade fizemos um lanche
demorado, bem devagar, sem presa.
Depois de uma hora e meia, mais ou
menos, voltamos para a estrada.
Andamos até a Casa das Cucas, dali
faltava pouca para chegar em casa, 65 Km.
Nesta brincadeira foram dois dias e 1.000 Km de chão rodados.
Mas foi um bom passeio, a
distancia, que distancia, o passeio tava muito bom, ótimo.
E assim
foi nosso fim de semana.
Motociclista vive a vida os outros
sobrevivem na vida, ficam em casa vendo Faustão e tomando chazinho,
coisa mais sem graça.
A vida é pra viver, se for na estrada é
muito bom junto dos motoparceros.
Roberto Lefebvre